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Sejam Bem Vindos

Enquanto o belo existir, a poesia será eterna.

Momento de Reflexão

"O maior bem que podemos fazer aos outros não é oferecer-lhes nossa riqueza, mas levá-los a descobrir a deles." - (Louis LavelleProfessor, filósofo e metafísico francês, 1883 - 1951)

As conquistas que conseguimos com nosso esforço, acende nosso caminho para o sucesso.
Alexandre Brussolo (20/09/2011)

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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Aos anjos que se foram

Ah, saudade que aperta
de saber que não mais está aqui,
para que possa escutar meu coração,
companhia que muitas vezes
pacientemente me escutava,
na sabedoria me aconselhava,
nos momentos de solidão
era em você que encontrava meu consolo,
mas sei que em algum lugar está,
não pode mais me dar teus conselhos,
mas sei que como um anjo
em algum lugar está a me guardar.


Alexandre Brussolo (10/03/2010)

TEXTO: 674

A Princesa

Lá estava a linda princesa
olhava o mundo pela janela,
como poderia conhecer o mundo,
se ali ficava presa, enclausurada,
pois o rei, seu pai, assim não permitia.
A linda princesa chorava
e nas suas lágrimas muita tristeza,
mas seu pai, o rei, não sabia desta tristeza,
achava que estava fazendo bem a ela,
mas não conhecia o coração de sua filha,
pois como enfrentaria o mundo
sem se quer conhecê-lo,
como conhecer seu povo se presa
ali naquele quarto ela ficava,
vendo o mundo só pela janela de seu quarto,
como conhecer o que tinha além do horizonte,
era como estar morta ao mundo,
era como estar morta para sua própria existência.


Alexandre Brussolo (25/06/2009)


TEXTO: 311

A dor da perda

Ele tinha preperado tudo, seria uma noite inesquecível, como muitas que tiveram através de sua imaginação, mas esta seria a noite mais sensacional que daria a ela. Um jantar feito por ele mesmo, já tinha planejado tudo, não tinha o que dar errado.
Havia aprendido a fazer o prato, nada sofisticado, coisa simples mas que podia impressionar, o vinho foi escolhido cuidadosamente, havia gastado uma boa grana nele, mas no final tudo valeria a pena, pois tinha que mostrar a ela que tudo tem uma chance para recomeçar, e este jantar seria uma quem sabe nova vida, sabia que seu casamento não estava bem, mas ele tinha que tentar, pois a amava ainda muito, não cogitava de forma alguma perdê-la.
Ela havia ido para a casa da mãe dela e logo estaria voltando, pedira para sair mais cedo só para preparar tudo, um bom vinho, um bom prato para acompanhar, um toque romântico com as velas sobre a mesa e uma rosa vermelha, a cor que mais gostava, nada podia dar errada, até a música escolheu com esmero, nossa o que podia dar errado.
Só faltava uma coisa, a felizarda, a sua grande paixão.
Estava demorando, sabia que quando ia para a casa da mãe voltava tarde, mas não tão tarde assim, será que ligava para saber o que tinha acontecido, ou esperava mais um pouco, já eram onze horas e nada, será que aconteceu algo?
Depois de muita indecisão acabou ligando:
__ Alô! __ ouviu a voz dela do outro lado.
__ Ainda está aí?
__ Eu não vou voltar mais, não leu o bilhete?
__ Que bilhete?
__ Deixei um aí em cima perto do telefone.
Foi quando viu um papel embaixo da mesa do telefone, no seu desconsolo deixou o telefone cair de sua mão, e quase não acreditando no que acontecia foi até o quarto e viu as gavetas vazias e sentiu este mesmo vazio em seu coração, em sua alma.


Alexandre Brussolo (21/04/2010)

TEXTO: 690

Águas cristalinas, cristalinas águas

Águas cristalinas, cristalinas águas
que despencam do berço que te ampara
para juntar-se ao lençol d' água.
Águas virgens que o mundo ainda não conheceu,
nem ti, no teu acanhamento, conheceu o mundo.
Afasta-te da humanidade, escolha outro percurso,
mas não é possível, o seu percurso já é traçado,
o homem que te atrapalha, que te barra,
que faz a sua vida definhar, arranca
de tuas claras águas o último suspiro,
um último e agonizante suspiro,
te transforma em águas barrentas
da qual emerge a podridão que te envolve.
Águas paradas, sem vida , volte para o leito,
lá nasceste com vida, límpida como o orvalho da manhã,
não deixe que levem a contaminação às tuas irmãs
para que não pereçam no berço da nascente.


Alexandre Brussolo (20/03/1992)

À procura do caminho certo

Plantei uma semente em fértil terra
afim de que mostrasse o caminho da paz
para que conhecesse um lugar sem guerra.

Crescei, ó semente bendita
para que seus galhos fortes robustos
me indiquem tal terra Levita.

Nesta terra onde a plantei
espero que seja tua eterna moradia
porque com água pura e santa a reguei.

Plantei não só para mostrares a mim
mas para todos que a bondade querem seguir
pondo na violência e na maldade um fim.

Vejo agora seus galhos quase formados,
já indicam várias direções,
ó semente, trouxe-me galhos bem aventurados.

Agora ela já é uma árvore adulta
e em seus galhos encontro a dúvida
pois de mim o caminho certo ela oculta.

Percebo em você a intenção
pois o ser humano tem que saber que caminho seguir
basta pensar com a mente e o coração.

Os seus galhos mostram várias estradas
basta saber qual é a estrada certa
e que nelas as más intenções não sejam encontradas.

Então escolha e vá com fé e confiança
o caminho é árduo e penoso
e em Deus temos que ter esperança.


Alexandre Brussolo (05/01/1991)


TEXTO: 25

A Janela

Abra a janela e veja
a linha do horizonte
onde céu e terra se juntam
em perfeita harmonia,
olhe pela janela e reflita
há um mundo
com tanto a nos dar,
olhe mais uma vez
contemple o surgimento
do astro rei, veja sua luz,
uma luz de esperança
aos corações necessitados,
sinta o vento que vem pela janela,
sinta a vida que vem com ele,
sinta este amor de simplesmente
poder abrir esta janela.


Alexandre Brussolo (15/03/2010)

TEXTO: 617

A Estrelinha

Lá estava a estrelinha,
ponto tão pequeno lá no céu,
acabara de nascer,
mas se encontrava tão solitária,
ficava tão triste quando aparecia
e todos se recolhiam,
não conseguia um amigo,
não sabia qual a sua função,
de repente uma voz escutou,
tão doce, tão inocente,
o pedido conseguiu ouvir,
a oração de um pequeno ser,
a partir dia viu o seu poder,
escutar a oração das crianças
e delas ser a esperança de seus pedidos.


Alexandre Brussolo (09/101009)


TEXTO: 443

A Derrota

__ Mestre, está ferido!
__ Não é nada, eu estou bem, apenas me ajude a erguer a lança.
__ Mas senhor...
__ Não ouse me contrariar, você está comigo para me servir e pronto.
Sir Cristopher era teimoso, a última coisa que admitia era estar envelhecendo e que estas competições para ele já não davam mais, o tempo era de muitos jovens aprendendo e ingressando.
Lembrar que seu nome causava medo aos mais novos, ele era o terror de todos os cavaleiros mais antigos, ídolo incontestável dos mais novos, sempre em sua armadura dourada, cor do ouro, cor da fortuna e de sua sorte. Sempre acompanhado por seu fiel escudeiro, Thomas que nunca o deixara na mão, cuidava de sua armadura como um guarda cuida do tesouro real.
Thomas já havia pedido para que seu mestre, era assim que o chamava carinhosamente, deixasse o campo de competição, pois já havia conquistado a glória sem ter conhecido a derrota. Agora estava lá enfrentando um cavaleiro bem mais jovem, mas que tinha a mesma determinação da juventude de seu mestre.
Mas Sir Cristopher era muito orgulhoso para admitir a que seria a única derrota de sua vida. Como dizia Thomas, o orgulho é a cegueira da humanidade, mas seu mestre sempre rebatia que o homem sem orgulho é um homem sem coragem, então Thomas preferia calar-se.
Agora estava lá com a ponta de uma lança encravada em seu ombro, pedira a Thomas que a retirasse para que pudesse voltar para a segunda rodada, ele tentou argumentar para que ele parasse mas ele era muito teimoso, o pior é a teimosia misturada com o seu orgulho, aí não tem argumento que dê jeito.
Fez de pronto o que o Mestre lhe pedira, primeiro retirou a ponta da lança e depois ajudou-o com sua lança.
__ Mestre, o senhor mal aguenta segurá-la, pelo amor do Deus que você tanto teme é hora de reconhecer a derrota, eu te imploro, o que farei se algo te acontecer.
__ Eu sou Sir Cristopher e nada vai me acontecer, nunca perdi uma guerra, hoje perdi uma batalha mas a guerra ainda não. E pare de ficar me agourando... este... ombro... vou parar de falar... tenho que guardar energia... humm...
A trombeta soa é o chamado.
__ Vamos me ajude a levantar a lança.
Ele vira o cavalo a muito custo consegue comandá-lo, agora espera o segundo toque, escuta o som muito baixo, com o calcanhar faz com que seu cavalo comece a corrida até seu oponente, são segundos que se transformam em longos minutos. De repente um silêncio cortante na arena, o grande campeão de todos os tempos estava no chão sem movimento, só os olhos vidrados pela única derrota que conhecera.


Alexandre Brussolo (10/02/2009)


TEXTO: 175

  Escuridão Nas estradas escuras, os caminhos se ocultam, somos cegos atrás de algo, tateamos, sentimos, mas muitas vezes sem saber ...